Garota revolucionária, anti-conservadora, totalmente alternativa, que foge do senso comum, por vezes aprecia atos ilícitos e assuntos lunáticos, considera-se insegura, (mas a meu ver é apenas extremamente indecisa quanto à escolha de suas roupas), tem uma paixão platônica pela vida universal e por um cantor mexicano que combina elementos do Leste Europeu e do folk, ama a noite e por último, mas não menos importante: totalmente aquariana,(você é assim, meio apaixonada pela vida mesmo).
Às vezes me pego perguntando se vou conseguir ficar longe de você daqui pra frente cara amiga.Acho que nessa vida nunca mais vou encontrar alguém a quem eu dedique tanto amor não dito como eu tenho por você. Tenho uma espécie de receio louco: lembrar-me nostalgicamente do tempo em que éramos felizes e me sentir triste. ‘E por medo das partidas, ela não deixava ninguém chegar’, de me sentir triste pensando em você quando estivermos longe e eu não puder mais te ver, mas apesar de tudo, ainda bem que te encontrei nesse mundo de meu Deus, ‘ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas. 'Você vê uma essência em mim (aliás, algo que você adora é a essência das pessoas), um ar maduro que confesso não ter, apenas aparentar.
Difícil tarefa essa de escrever pra você, eu que costumo escrever pra mim ou de me colocar no lugar do outro pra ter outras visões e conhecer outras opiniões. Sou bipolar, tenho fases, ter apenas um modo de enxergar os fatos deve ser tediante, já basta ter a mesma cara todo dia, vamos abusar dos nossos pensamentos, analisar de vários ângulos. Você com suas conversas confusas e incomuns, sem querer ensinou-me a entender os motivos dos erros dos outros, pra eles (infelizmente) certas coisas (cujo assunto daquela conversa você deve lembrar) não são tão erradas assim quanto são pra mim, o segredo é entender que tudo parte das experiências (não) vividas.
Por vezes, é isso, quando você voltar de viagem, conte-me suas novidades pra que eu possa me prender nesse emaranhado de palavras novamente, ‘nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados’.Amo-te, mas certas coisas é melhor não ficar espalhando pros sete ventos, qualquer dia desses eu te faço uma visita pra devolver aquele livro doido ou a gente acaba se encontrando pelas esquinas noturnas.
My hipster.
PS: Texto fruto do nosso caso de amor com a noite.

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