
Que mania estranha essa de não ouvir as canções até os finais, de manter sempre uma distancia das pessoas que (provavelmente) amamos, de ter sempre tons escuros nas unhas, em cima dos olhos, de não falar mais que o suficiente diante de pessoas próximas, pois quanto mais falamos, mais descobrimos, ainda assim com todos os erros visíveis, com tortas palavras soltas ao ar, cada minuto é estonteante perto... ah, perto dele, perto dela, eles que causaram tanta dor, tanta felicidade, claro, pois sentimentos opostos se atraem, assim como corpos , como sexos( ou não?), suas mãos são de veludo, seus dedos são mecânicos, treinados, quando ouve-se o som do pianista, ah, mas o amor, o amor talvez, nem sequer existe, nem por minha parte nem por tua( muito menos por tua), ah, palavras, pessoas, que não me afastam pensamentos, “as noites são claras”, a cama o paraíso, navegando para longe, construindo um forte de lençóis, naufragando, afundando e permanecendo emerge até algum barulho soar aos nossos ouvidos, um dedo estalar ou uma musica tocar, enquanto assim permanecemos, dentro de minutos que parecem vidas, num lugar estranho e lindo que chamamos de “Paraíso”.

"Uma urgência inadiável de ser feliz, ser feliz, agora, já, imediatamente."
-Caio F. Abreu

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